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The Whitest Boy Alive _ 02.

Ainda não sei se vou continuar com o blog em 2009, muitas coisas mudando. O tempo fica curto e a decepção com os links que expiram rápido é grande.

Mas não posso deixar de compartilhar, mesmo que sem comentários bem elaborados, o ótimo novo disco de uma das bandas que mais gostei nos últimos anos.

“Rules” é o segundo disco do The Whitest Boy Alive e vazou essa semana na internet. O melhor é que eles continuam ótimos e ousando um pouco mais que no primeiro disco.

Clique aqui para baixar o novo disco.

Bom proveito!

Cinval Coco Grude

Seguindo com mais e menores posts falo hoje sobre essa figura ímpar chamada Cinval.

Nascido em Arco Verde, Pernambuco, ele faz um som incrível e muitas vezes inimaginável. Um caldeirão que mistura frevo, maracatu, jazz, techno lounge, funk, soul e, claro, o coco. Sempre fugindo do convencional, seja nas letras fortes ou surreais, na gravação caseira ou nos instrumentos inusitados, Cinval é um mar de inovação e criatividade na música brasileira atual.

Informação que ele sempre faz questão de deixar claro em todos os discos, “não usei computador nem sampler”(!).

(clipe de SoulFunkyBrown)

Coloco para download o disco ‘Cinval Coco Grude e Sua Música Escalafobética’ de 2002. (para baixar, basta clicar aqui ou na capa do disco)

cinval

Segue lista das músicas que no download não está aparecendo:

01_Boca de Ouro (Xerife) | 02_Não saque a arma | 03_A hora serta do sertão | 04_Coco dollár beat | 05_Os donos das ruas | 06_Motorista de ônibus (Destinos) | 07_Andando de Kombi | 08_ Overdose de carnaval | 09_Matou um pássaro pra matar a fome e foi preso | 10_Frevo techno maracatu | 11_Bebendo pra dar coragem | 12_Jazzjustrombone | 13_Stevieassombrado wonder | 14_Boca de ouro (Bôaite) | 15_Bôko môko (é a mãe) | 16_ Comando Marley | 17 e 18_faixas bônus.

Baobä Stereo Club

O Baöba Stereo Club é uma dupla de jovens paulistas que faz um som instrumental de gente grande.

Henrique é responsável pelas guitarra semiacústica, violões e bandolim, que toca com uma suavidade e beleza incríveis, além do piano. Enquanto seu comparsa o Snoopy (a.k.a Paulo) toca uma bateria ‘nada ortodoxa’, meio quebrada, que me faz lembrar a banda Tortoise.

(capa do primeiro disco)

O disco que coloco aqui para donwload é o primeiro disco homônimo que foi lançado no final do ano passado/começo desse ano pela gravadora Objeto Sonoro. (clique aqui para baixar o disco!)

Com um som muito bem elaborado, mas ao mesmo tempo simples e gostoso de ouvir eles surpreendem. Uma banda instrumental que agrada aos mais exigentes pela beleza dos arranjos e construções, mas tem força para agradar também aos ouvidos menos treinados como os meus.

(video clipe da faixa  ‘Joanita’)

O disco tem ainda remix do M.Takara do Hurtmold na faixa ‘Sem-Querer’ uma das melhores do disco.

Baobä Stereo Club é daqueles sons para deixar rolando muitas vezes. Mesmo gostando deles na primeira audição, a cada nova audição eles ficam melhores.

Quem quiser saber mais sobre a banda segue o myspace e o site da gravadora deles.

Aproveitem.

Yeasayer

Conheci essa nova banda, o Yeasayer, a pouquíssimo tempo e adorei eles. Com um som multilcultural, misturando o étnico com o rock e a música eletrônica, esse quarteto do Brooklyn é uma das grandes revelações da música independente.

Eles só possuem um album, o ‘All Hours Cymbals’ que foi lançado em outubro de 2007 pelo selo indie ‘We are Free’, já no começo de 2007 eles começaram a aparecer para mídia especializada pela participação no incrível SWXS, festival de música que acontece Austin, Texas.

Eles são modernos e antenados com o mundo. Suas músicas buscam referências nos mais diferentes estilos, do rock pesado em ‘Wait for the Wintertime’ até a psicodélica espiritual de ‘Wait for the Sumertime’ (ótimos oposições). E como todo bom artista independente já entenderam que a internet é a solução e não o problema: dois singles desse disco, ‘2080’ e ‘Sunrise’ estão disponíveis para download de graça no site da banda.

Para baixar o álbum ‘All Hours Cymbals’ do Yeasayer basta clicar aqui ou na capa do disco.

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Algumas músicas desse disco de estréia, como a ótima ‘2080’, me lembram o David Byrne e o Talking Heads. Aliás, todo o disco com referências orientais, africanas e do oriente-médio, mostra que a banda é uma seguidora do caminho aberto por Byrne e sua gravadora, a Luaka Bop.

Além das faixas que já mencionei gosto muito e aconselho escutar com carinho as faixas:

_’Sunrise’: faixa que abre o disco. Ela tem uma energia muito boa, perfeita escolha para abrir um disco. Com um vocal gospel que abre espaço para a voz rasgada do vocalista e com um toque de tambores (como se fossem bumbos ao fundo) é um pequeno gostinho do que está por vir.

_’Forgiveness’: talvez a melhor faixa do disco junto com ‘2080’. Depois de uma introdução confusa e meio irritante a faixa parece que vai se encaminhar para uma baladinha rock e você está gostando da bateria e guitarra repetida ela se ‘perde’ para o acústico e acaba mais instigante ainda.

‘Sunrise’ ao vivo.

‘2080’ ao vivo no estúdio.

Para conhecer mais dessa nova banda:

Site: http://www.yeasayer.net/

Myspace: http://www.myspace.com/yeasayer

Darkel

Jean-Benoit Dunckel é uma das partes do incrível Air, duo francês de música eletrônica, que no final de 2006 lançou seu primeiro disco solo sob o alcunha de Darkel: escuro em alemão.

Essa primeiro disco, que leva o mesmo nome do artista, tem o mesmo mood e atmosfera sensual que são marcas fortes e reconhecidas nos discos do Air. É um disco que quem gosta de Air vai gostar sem nenhuma dúvida, pois é impossível não fazer referências constantes ao duo quando falamos de ‘Darkel’. Parecendo, muitas vezes, mais um disco de divulgação e continuação do Air do que um projeto paralelo. A principal diferença entre o Air e esse primeiro trabalho solo de Dunckel é que em ‘Darkel’ o músico permite se aprofundar mais em ritmos como o Pop e o Rock e ser um pouco menos experimental.

h69986iwjbf.jpg (clique na capa do disco para baixar)

Misturando música pop francesa, música eletrônica, ambient e pitadas de rok ‘Darkel’ foi um dos melhores disco de 2006. Sua modernidade e facilidade de absorção é impressionante. Coloco o ‘Darkel’ como um dos ápices da evolução e retomada da música pop francesa nesse século XXI.

Destaco nesse disco 4 faixas:

_’At the end of the sky’: a faixa mais pop do album. É divertida e remete muito ao pop francês. Alegre e animadora.

_’TV Destroy’: toda a influência rock de Dunckel aparece nessa faixa. Uma das poucas faixas desse disco que não poderiam ser colocados num disco do Air.

_ ‘Some men’: música mais bonita do disco. Com uma base de piano linda e com o refrão ‘ Some men wait for jesus and god / Some men have stopped waiting /I’ve been waiting for you for so long’ essa faixa é de emocionar qualquer um.

_’Earth’: uma das faixas mais eletrônicas ela remete muito ao Air, cheio de efeitos e referências ao ambient.

Para quem quiser conhecer mais segue o clipe de ‘At the end of sky’, uma sessão de estúdio de ‘Some men’ e o myspace do francês.

Cibelle

Depois de umas merecidas férias volto a minhas atividades normais e, consequentemente, volto aos posts aqui no Modesta Música Moderna.O primeiro post de 2008 será sobre a Cibelle, paulista pra lá de afinada e muito musical que hoje está radicada em Londres e lançou em 2007 seu segundo album.Cantora e compositora que desde 2003, quando lançou seu primeiro disco (Cibelle), impressionou muita gente com sua música brasileira moderna, eletrônica e experimental.Hoje, com seu segundo disco já bem consolidado, o ‘The Shine of Dried Electric Jeanes’, Cibelle aparece como uma das grandes relevações da música independente, moderna e alternativa. Conseguindo, até, um relativo sucesso no Brasil com a participação no Tim Festival de 2007.Seus dois discos foram lançados pela gravadora Ziriguiboom, gravadora criada pelo falecido e genial produtor Suba e que hoje foi incorporada a gravador Crammed Discs. Isso já bastaria par, sem conhecer o som da moça, ter interesse em ouvi-la.Mas existe mais elementos que instigam curiosidade em Cibelle: suas parcerias com o cenário independente das mais variadas partes do mundo. É parceira e amiga de brasileiros como o Curumin, Apollo Nove (que participa de quase todas as músicas desse último disco, ora como músico ora como produtor), Cidadão Instigado e Nação Zumbi (Pupilo, nesse último disco, participa de várias faixas), além dos gringos Devendra Banhart, CocoRosie e Lightspeed Champion (está acompanhando Cibelle em alguns shows).Mais do que Bebel Gilberto (companheira de gravadora), Cibelle é hoje a maior representante do Brasil na cena internacional moderna da música.O album ‘The Shine of Dried Electric Jeanes’, assim como o primeiro de Cibelle, é cheio de referências e estilos. Misturando regravações e músicas inéditas em português e em inglês (aliás, muito bom!) o disco é muito bom e gostoso de se ouvir.Das regravações destaco ‘Green Grass’ do Tom Waits, que ficou linda e romântica na voz de Cibelle. ‘London, London’ de Caetano Veloso que a cantora interpreta com o incrível Devendra Banhart (veja o clipe no You Tube). ‘Para toda minha vida’ de Tom Jobim, que virou quase uma declamação de um poema. E a quase irreconhecível ‘Cajuína’ também de Caetano Veloso, que aparece aqui sem nenhuma referência nordestina.Já as inéditas também destaco várias faixas. ‘Instante de Dois’ que tem um letra linda escrita pela própria Cibelle. ‘City People’ e ‘Mad Man Song’, talvez as duas faixas mais experimentais do disco, a última escrita e gravada com o músico Spleen (que toca com a P.J. Harvey). Ainda destaco as duas inéditas que mais buscam referências no samba: ‘Minha Neguinha’, ‘Esplendor’, a última escrita por Ari Moraes e Moraes Moreira, e por último a faixa ‘Arrête lá, Menina’, escrita e com participação nos vocais e no violão de Seu Jorge.Para quem quiser saber mais sobre essa incrível cantora e compositora segue o Myspace da moça.