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Hercules and Love Affair

Esse é o divertido nome do projeto musical de NY liderado pelo dj Andy Butler e que entre os participantes está Antony Hegarty, líder e vocalista da banda Antony and the Johnsons. Queridinhos dos modernos da Europa, eles acabaram de sair na última coletânia da cool store Colette, e lançaram seu primeiro álbum agora em 2008, um disco bem eletrônico com grande influência do dance e do house.

Lançado pelo selo DFA Records, selo independente que é distribuido pela EMI e já virou referência da nova música eletrônica, o disco recebeu inúmeras críticas positivas nos mais diversos países: 4 estrelas pelo americano The Times, 4 estrelas pelo inglês This is Fake DIY, 9.1 pelo respeitado Pitchfork de Chicago e nota 8 pela mais que tradicional New Music Express (NME).

(clique na capa para baixar o disco)

‘Blind’ é a faixa mais estourada do grupo. Além de estar na coletânia número 9 da Colette foi o single de lançamento.

‘True False/Fake Real’ é uma faixa que recomendo, a diversão e ironia já começa pelo título e se estende pela música toda. Com um coral base que fica ao fundo de toda a música, um início caribenho com bongos e teclados bem sintéticos no decorrer da música essa faixa é mash-up que garante a diversão

Videos:

(‘Blind’)

(You Belong’)

Para saber mais:

Mysapace (http://www.myspace.com/herculesandloveaffair) e site oficial (http://www.herculesandloveaffair.com)

E era isso, curto e direto dessa vez.

Nego Moçambique

No post de hoje vou falar de um dos melhores músicos da música eletrônica brasileira, um dos poucos que consegue fazer uma música eletrônica autêntica, única e com cara de brasileira, o Nego Moçambique (aka Marcelo Martins).

Se autodenominando não DJ, Nego Moçambique é uma referência de misturas e colagem inusitadas que fazem um som único: dançante e quebrado ao mesmo tempo. Frenético, desorganizado e harmoniozo sem parecer esquisofrénico. Suas performances ao vivo são feitas a partir de um Live P.A e não de um toca-discos e são recheadas de muita dança e vocais que misturam o inglês, espanhol, português e dialetos desconhecidos.

O álbum que vou colocar aqui é o ótimo e irreverente ‘La Rumba Computer’ segundo álbum da carreira lançado no final de 2007 pela Segundo Mundo. O disco que conta com 14 faixas foi todo composto, produzido e arranjado por esse produtor que aprendeu a tocar de ouvido, busca seguir sua intuição para compor e acredita que a música eletrônica é a maior expressão do subconsciente, da mistura de referências e informações que recebemos todos os dias.

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No ‘La Rumba Computer’ um das coisas que chama atenção, fora a qualidade, é a ironia, seja nas composições, letras ou nos nomes das faixas. Os melhores exemplos são: ‘Da Luv iz a bomb’, ‘She loves the superboogie (Melô do Robozão)’ e ‘Watchagonnado’ que mistura na sua letra o inglês com o francês! Como curiosidade, a faixa ‘Dancingsubatomicmonkeyflava’, tudo junto assim mesmo, tem a participação da revelação do samba Thalma de Freitas. Todas as faixas seguem uma composição bem coerente, não existe altos e baixos no álbum, apesar do ritmo nunca ser o mesmo. É um disco para colocar pra tocar e dançar do começo ao fim. Todas as faixas são bem dançantes misturando o Breakbeat e o House (dois ritmos meio opostos da música eletrônica) com pitadas de funk, do funkadelic ao pancadão.

Aconselho três faixas que são minhas preferidas, além da ‘Dancingsubatomicmonkeyflava’ com a Thalma de Freitas. A primeira é a faixa que dá nome ao disco, ‘La Rumba Computer’, ela tem um percussão e um vocal que mistura inglês com dialeto de palavras quase indecifráveis criando a sensação de que estamos no meio de uma tribo africana pós-moderna. ‘Afrikana’, aliás, é a segunda sugestão. Uma faixa sem vocais e que talvez seja a faixa mais ‘pesada’ do disco, consequentemente a menos quebrada e a mais dançante flertando, em alguns momentos, com a Techno music. A última sugestão é a primeira faixa do disco, ‘Wake Up For the Musik’. Um bomba para supreender qualquer um como faixa boas-vindas. Daquelas que tu ouve e pensa: ‘puta, o cara é muito bom’. Uma música que dá muita vontade de dançar, mas de tão quebrada (parece um hip-hop do Beastie Boys) chega a ser difícil! Pra mim a melhor faixa do disco.

Para quem quiser conhecer mais segue o tradicional myspace do cara e um link para o clipe da música ‘Superluz (Sebo nas Canelas)’ que está nesse último disco.

Aproveitem!